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Associação dos ex-combatentes com nova direcção

Textos e Fotos de: Carlos Morgadinho
Adiaspora.com

Por Assembleia Geral realizada recentemente nas instalações onde está sedeada, no 2000 da Dundas Street West, foram eleitos os novos corpos gerentes para esta agremiação de ex-militares combatentes na guerra nas então colónias no Continente Africano, por mais de 13 anos e onde mais de 11 mil desses militares tombaram com um número aproximado de 75 mil feridos e estropiados.

Foram eleitos para presidente da Direcção Executiva o ex-tenente miliciano, Luís Carlos Vieira e como vice-presidente o industrial Bento de S. José. No pelouro da tesouraria ficou o veterano Manuel Barreto, também um bem conhecido de instalação de máquinas de aquecimento e frio tendo também preenchido quadros directivos na secretaria nas mãos de Arménio Novais e Jorge Leandro, de Artur de Jesus no departamento de sócios bem como a de eventos que fica ao cuidado de Joaquim Hilário, Victor Costa e José Catalarrana.

Foi, durante esta reunião foi apreciado o trabalho dos elementos cessantes dos quais destacamos o José Mário Coelho, Eduardo da Costa Resendes, Tibério Branco e o ex-oficial capelão Monsenhor Resendes.

Conversámos horas antes com um ex-combatente eleito para o cargo de presidente desta associação, o Luís Vieira, que estava esperançado em que os novos corpos gerentes dessem mais projecção da presença desta organização pois sabe, pelos contactos permanentes com a nossa gente, haver milhares de ex-combatentes inseridos nas comunidades lusas no Ontário e não só. Seria, segundo nos disse, um objectivo prioritário contactá-los e sensibilizá-los para as vantagens de se unirem principalmente para aqueles que se deslocam, agora, já reformados, mais vezes a Portugal dado que os sócios da associação daqui, do Canadá, usufruem dos mesmos direitos dos que são filiados nas associações de ex-combatentes sediadas em Portugal além de, aqui no Ontário, os ex-combatentes se alargarem para outras actividades sócio-culturais. Isto tudo, segundo Luís Vieira, pelo grande número de cidadãos lusos que cumpriram o serviço militar obrigatório e na sua maioria enviados para a guerra nas três frentes operacionais de Angola, Moçambique e Guiné.

Outro ex-combatente presente lamentou a parcialidade dos nossos governantes (de Portugal, obviamente) de darem pensões a uns e negarem a outros. Pela óptica deste elemento é como o cidadão português que foi compulsivamente a pegar em armas e expedicionado para combater nas savanas e florestas das então colónias e, no fim, não vir a receber um mínimo de pensão, por aqueles 3 ou 4 anos enquanto serviu as Forças Armadas, - "nem que fosse pouco, como são aqueles que recebem 150 euros anuais que, se vermos bem, não dá para diariamente comprar um pão e a manteiga".  É que grande parte dos mancebos por trabalharem então na agricultura não faziam descontos e após a desmobilização terem a má sina de emigrar por não haver, nesses tempos dificeis, futuro para eles e para as famílias. Deste modo sentem que foram "marginalizados" e relegados para "cidadãos de segunda", que se não é verdade, parece. Estas afirmações foram-nos ditas com mágoa misturada com um sentimento de frustração. Serviram a pátria, lamentou-se, deram os melhores anos da sua juventude e muitos foram feridos ou tiveram acidentes e...essa pátria, "bem amada", volta-lhes as costas quando já "velhos e trôpegos". É uma injustiça e que, sugeriu, que deveria haver alguém, num ministério inserido no governo, que olhasse para esta situação, dos veteranos, com ou sem "crise" que não é para aqui chamada pois esta situação nada tem haver com a situação económica mas sim com um direito que deveria ser estendidos a todos. Mas infelizmente ninguém quer saber dos ex-combatentes e mais a mais a maioria emigrou...

A finalizar a nossa presença o ex-combatente Bento de S. José fez questão de lançar um apelo à comunidade lusa em geral para que todos aqueles que tivessem servido as Forças Armadas, e que não são poucos, que se inscrevam na Associação dos Combatentes, que apareçam para se integrarem no desfile e para fazerem parte de futuros projectos dentro da nossa comunidade. Poderão, para aqueles que desejarem, contactar para o telefone 416-533-2500.  Bento de S. José gostaria que os ex-combatentes marcassem forte presença com um elevado número a desfilar no Dia de Portugal e no almoço/convívio, após o desfile, a realizar nesse dia nas instalações do Sporting Club de Toronto.

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